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A transição para uma economia circular oferece uma oportunidade para construir uma sociedade ecologicamente sustentável e criar novas oportunidades de emprego, não obstante ter também impactos menos positivos se os impactos sociais não forem devidamente acautelados, pois alguns empregos também serão perdidos e a maioria dos empregos mudará de uma forma ou de outra. O programa do Governo prevê uma medida que tem como objetivo avaliar as competências existentes para uma economia neutra em carbono e circular, com vista a desenvolver uma agenda de novas competências diferenciadas consoante o nível de formação, desde a alta especialização (remanufatura, tecnologias renováveis), média especialização (reparação) até à baixa especialização (recolha).

É neste âmbito que a Secretária de Estado do Ambiente está a promover o desenvolvimento de um estudo “O Futuro do Trabalho: Análise do emprego e evolução das competências para responder à transição para uma Economia Circular em Portugal”, o qual irá contribuir para o “Livro Verde do Futuro do Trabalho”, atualmente em consulta pública, indo ao encontro da Agenda de Competências e do Pacto para as Competências lançado em 2020, em que assenta, também na dupla transição digital e ecológica.

Importa, por isso, analisar o conceito de ‘empregos circulares’ fundamentais para o combate às alterações climáticas e desenvolvimento sustentável e contribuem de forma decisiva para a resposta aos desafios globais da proteção do ambiente, do desenvolvimento económico e da inclusão social.

Com o objetivo de marcar o inicio dos trabalhos e o lançamento de um questionário que permitirá avaliar qualitativamente o perfil atual dos empregos circulares, em Portugal, e avaliar as necessidades futuras, em 2030, que a adoção de um Modelo de Economia Circular impõe, a Senhora Secretária de Estado do Ambiente promoveu o evento no dia 14 de maio, que contou com as presenças da Senhora Secretária de Estado do Ambiente, Inês Santos Costa, e do Senhor Secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita.

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O inquérito será iniciado no dia 14.05.2021 e tem data prevista para terminar dia 28.05.2021.
O mesmo dirige-se a associações empresariais e empresas (essencialmente setor privado) e tem como objetivo avaliar qualitativamente o perfil atual dos empregos circulares, em Portugal, e avaliar as necessidades futuras, em 2030, que a adoção de um Modelo de Economia Circular impõe.
Pretende ainda perceber qual a postura do tecido empresarial português face à transição à economia circular (se querem adotar a economia circular, qual a estratégia de economia circular a adotar) e aferir das qualificações/competências necessárias para os empregos circulares questionando ao inquiridos as tarefas a desempenhar, o perfil necessário e as qualificações requeridas aos seus trabalhadores. Estas perguntas são fundamentais para perceber o perfil e qualificações dos trabalhadores em 2030.

O Inquérito divide-se em 2 partes:

  • 1ª parte:
    • Descrição da empresa (CAE, nº de trabalhadores, salários, tipo de setor circular);
    • Postura face à economia circular (de que modo contribui? pretende adotar a economia circular?)
    • Estratégia de Economia Circular
    • Descrição dos empregos circulares tendo em conta o setor empresa
    • nº de perguntas variável conforme o tipo de setor do inquirido (12 a 21 perguntas)
  • 2ª parte:
    • Economia Circular – Visão 2050 (principais setores: construção; fileira industrial; agroalimentar; resíduos; mobilidade | principais estratégias circulares: desenhar para o futuro; incorporar tecnologias digitais; manter e preservar o que já existe; repensar o modelo de negócio; utilizar os resíduos como recurso; priorizar os recursos regenerativos; e criar valor partilhado)
    • Menos de 10 perguntas

O que são empregos circulares?

Um trabalho circular é qualquer ocupação que envolva diretamente um dos elementos da economia circular ou que apoie indiretamente tais atividades. Assim temos três tipos de empregos circulares:

  • Empregos Circulares “core” ou centrais: estes trabalhos asseguram que os ciclos das matérias-primas são fechados e formam assim o núcleo da economia circular;
  • Empregos Circulares “enabling”: Estes trabalhos permitem a aceleração e a ampliação das atividades circulares centrais e formam assim a estrutura de suporte à economia circular;
  • Empregos indiretos: Estes empregos prestam serviços às atividades circulares centrais e “enabling” acima referidas e formam assim as atividades que sustentam indiretamente a economia circular.

Visão 2050: A economia circular tem um papel importante na redução das emissões GEE, contribuindo para a mitigação das alterações climáticas. Assim a promoção da economia circular está positivamente correlacionada com neutralidade carbónica até 2050. Importa por isso identificar os setores produtivos nacionais ou macro-setores que têm maior potencial para contribuir para economia circular.

Pode aceder ao inquérito em: Trabalhos Circulares – Perfil de Qualificações requeridas em 2030

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Fotos: Secretaria-Geral do Ambiente

Publicado em: 14/maio/2021

Última Actualização em 14 de Maio, 2021

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